Mesa com calculadora, notas e gráficos de investimentos em CDB, com pessoa analisando dados

O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um dos investimentos mais versáteis da renda fixa no Brasil. Ele combina previsibilidade, opções de prazo e, em muitos casos, liquidez diária, podendo servir desde a reserva de emergência até metas com data definida. Este guia explica como o CDB funciona, quando usar cada tipo e como escolher com segurança — sem complicar.

O que é CDB e como funciona

O CDB é um empréstimo que você faz a um banco. Em troca, o banco paga juros conforme uma condição definida no momento da aplicação. Ao investir, você verá três informações-chave:

  • Indexador (como o retorno é calculado)
  • Prazo e liquidez (quando você pode resgatar)
  • Emissor (o banco que emite o título)

Tipos de CDB

  1. Pós-fixado (CDI/Selic)
  • Paga um percentual do CDI (ex.: 100% do CDI).
  • Ideal para liquidez diária e reserva de emergência.
  1. Pré-fixado
  • Taxa fixa travada na compra (ex.: 12% ao ano).
  • Brilha quando você tem data certa e aposta em queda de juros.
  1. Atrelado à inflação (IPCA+)
  • Paga IPCA + juros reais (ex.: IPCA + 5% a.a.).
  • Protege o poder de compra em metas de médio e longo prazo.

Liquidez: diária x no vencimento

  • Liquidez diária: permite resgate a qualquer momento (geralmente D+0 ou D+1). Ótimo para imprevistos.
  • Sem liquidez até o vencimento: costuma oferecer taxas melhores, mas não conte com o dinheiro antes da data final.
Regra de ouro: case o prazo do CDB com a data do seu objetivo. Assim você evita resgates forçados e possíveis perdas em vendas antecipadas.

Riscos (e como mitigar)

  • Crédito do emissor: risco de o banco não pagar.
  • Mitigue diversificando emissores e respeitando os limites do FGC (garantia por CPF/CNPJ e por instituição, com teto global por período).
  • Liquidez: alguns CDBs não permitem resgate antes do vencimento.
  • Mitigue mantendo uma camada de liquidez em pós-fixados.
  • Juro e preço (para quem vende antes): se o produto permitir saída antecipada, mudanças na taxa de juros podem afetar o preço.
  • Mitigue carregando até o vencimento ou montando uma escada de vencimentos (ladder).

Tributação e custos

  • Imposto de Renda (tabela regressiva) sobre os rendimentos:
  • 22,5% até 180 dias
  • 20% de 181 a 360 dias
  • 17,5% de 361 a 720 dias
  • 15% acima de 720 dias
  • IOF: apenas se resgatar antes de 30 dias (vai diminuindo diariamente até zerar).
  • Taxas: CDB não costuma ter taxa de administração; confira eventuais custos da plataforma e o D+ de liquidação.
Dica prática: compare investimentos pelo retorno líquido (após IR e custos), não apenas pela taxa anunciada.

CDB x Tesouro Direto (quando escolher cada um)

  • CDB pós-fixado (liquidez diária) x Tesouro Selic: ambos servem bem à reserva. Compare liquidez, custo e conveniência.
  • CDB pré-fixado x Tesouro Prefixado: escolha pelo prazo objetivo e pela taxa líquida mais vantajosa.
  • CDB IPCA+ x Tesouro IPCA+: para proteger poder de compra; avalie prazo, cupom (quando houver) e sua tolerância a oscilações no meio do caminho.

Como escolher um bom CDB (passo a passo)

  1. Defina objetivos em meses (0–12, 12–36, 36+).
  2. Garanta a reserva em CDB pós-fixado com liquidez diária.
  3. Combine prazo e indexador ao objetivo:
  • Curto prazo: pós-fixado.
  • Data certa/queda de juros: pré-fixado.
  • Manter poder de compra: IPCA+.
  1. Avalie o emissor: prefira bancos sólidos e diversifique.
  2. Aproveite o FGC com critério: distribua entre instituições para multiplicar a cobertura dentro das regras.
  3. Olhe o D+ de resgate e a carência: evite travar o que pode precisar.
  4. Automatize aportes e revise trimestralmente.

Modelos de carteira (exemplos didáticos)

  • Reserva de emergência
  • 100% em CDB pós-fixado com liquidez diária (ou Tesouro Selic), equivalente a 3–12 meses de despesas.
  • Metas em 1–3 anos
  • 60–80% pós-fixado; 20–40% pré-fixado curto (se a taxa compensar).
  • Metas acima de 3 anos
  • 40–60% IPCA+; 20–40% pré-fixado; 10–30% pós-fixado para liquidez.

Erros comuns que custam caro

  • Escolher só pela taxa, ignorando emissor e liquidez.
  • Concentrar tudo em uma única instituição.
  • Não respeitar o prazo do objetivo e precisar resgatar antes.
  • Comparar rentabilidade bruta e esquecer IR/IOF/custos.
  • Abrir mão da reserva para perseguir taxa maior.

FAQ Rápido

CDB tem FGC?

Sim, respeitando os limites por CPF/CNPJ e por instituição e o teto global por período.

CDB tem come-cotas?

Não. Come-cotas é mecanismo de alguns fundos; CDB paga IR apenas no resgate.

Qual o melhor: CDB ou Tesouro?

Depende do objetivo, prazo e liquidez. Compare taxas líquidas, custos e conveniência.

Posso vender antes do vencimento?

Apenas se o produto tiver liquidez. Caso contrário, planeje carregar até o fim.

Conclusão

O CDB é um pilar de estabilidade na sua estratégia de investimentos. Com objetivos claros, uma camada de liquidez bem montada e diversificação entre pós, pré e IPCA+, você transforma previsibilidade em crescimento consistente de patrimônio — no seu ritmo e com segurança.

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