Tela detalhada de simulador de financiamento imobiliário com gráficos, valores de entrada, taxas e CET destacados

Comprar um imóvel é decisão grande — e o financiamento imobiliário é o caminho de milhões de brasileiros. Para escolher bem, você precisa entender entrada, juros, prazo, amortização e CET (Custo Efetivo Total). Este guia direto mostra como simular, como negociar e como pagar menos ao longo do contrato.

Financiamento em 1 minuto

  • Entrada: normalmente 20% do valor do imóvel (pode variar; programas e FGTS ajudam).
  • Juros: podem ser prefixados, pós-fixados (ex.: indexados à inflação) ou híbridos.
  • Amortização: sistema SAC (parcelas decrescentes) ou PRICE (parcelas iguais).
  • CET: inclui tudo (juros + seguros + tarifas). É a melhor régua para comparar propostas.
Regra de ouro: compare propostas pelo CET e pelo valor total pago em prazos equivalentes.

Quanto posso financiar? (regra prática)

  • Prestação ≤ 30% da renda familiar líquida.
  • Tenha reserva de pelo menos 6 meses de despesas antes de assinar.
  • Some custos de compra: ITBI, cartório, avaliação, seguros iniciais.

SAC vs. PRICE (qual escolher?)

  • SAC: parcelas começam mais altas e caem ao longo do tempo; você paga menos juros totais.
  • PRICE: parcelas iguais do início ao fim; juros totais maiores.
  • Se o orçamento permite a parcela inicial do SAC, ele costuma ser financeiramente mais eficiente.

CET: o número que manda

O Custo Efetivo Total embute juros, seguros (MIP e DFI), tarifas, taxa de administração e outras despesas obrigatórias.

  • Peça CET em % a.a. e a.m. em todas as propostas.
  • Compare CET × prazo × valor total; os menores nem sempre vencem se o prazo for diferente — normalize o comparativo.

Entrada e fontes de recursos

  • Poupança própria (ideal).
  • FGTS: pode compor entrada, amortizar saldo ou abater parcelas (observe regras de uso).
  • Sinal + parcelas com o vendedor (em compra na planta), reduzindo o saldo a financiar.
Dica premium: use FGTS para amortizar contratos com juros bem maiores que o rendimento do FGTS — economiza juros no total.

Como simular (passo a passo)

  1. Defina orçamento: parcela alvo (≤30% renda) e entrada disponível.
  2. Colete 3–5 propostas (bancos/fintechs): informe valor do imóvel, entrada, prazo, sistema (SAC/PRICE).
  3. Peça CET e cronograma de amortização.
  4. Rode simulação alternativa: prazo menor + amortização anual com FGTS/13º.
  5. Compare total pago, juros totais e comportamento das parcelas.

Como reduzir o custo do financiamento

  • Aumente a entrada: cada 1 p.p. a mais reduz juros totais.
  • Escolha SAC se cabe no começo.
  • Amortize periodicamente (FGTS, bônus, 13º): encurte prazo ou reduza parcela.
  • Portabilidade: se a taxa de mercado cair, leve o saldo para outra instituição com CET menor.
  • Score e relacionamento: histórico limpo e pacote salarial podem melhorar condições.

Seguros MIP e DFI (obrigatórios)

  • MIP: cobertura por morte/invalidez permanente do mutuário.
  • DFI: danos físicos ao imóvel (incêndio, alagamento, etc.).
  • Compare prêmio mensal entre instituições; eles pesam no CET.

Compra na planta x pronto

  • Na planta: você paga parcelas ao construtor durante a obra (sem financiamento ainda). Após o “habite-se”, contrata o financiamento do saldo. Fique atento ao INCC (reajuste da obra).
  • Pronto: financiamento inicia imediatamente; sem risco de obra, ITBI e registro já na largada.

Checklist de documentos (base)

  • RG/CPF e comprovantes de renda (holerite, extratos, IR).
  • Comprovante de estado civil.
  • Documentação do imóvel (matrícula atualizada, certidões negativas, habite-se).
  • Contrato social e pró-labore (para PJ/autônomos).

Roteiro de negociação (script express)

  1. Abra 3 propostas e peça CET detalhado.
  2. Mostre melhor CET aos concorrentes e solicite cobertura.
  3. Negocie seguros e taxas administrativas (muitas são ajustáveis).
  4. Peça simulação SAC + amortização anual de R$ X (FGTS/13º), focando redução de prazo.
  5. Exija cronograma e carta de crédito claros antes de assinar.

Erros comuns (e antídotos)

  • Olhar só a parcela → compare CET e juros totais.
  • Prazo longo demais sem amortizar → juros disparam. Faça amortizações programadas.
  • PRICE por conforto sem avaliar o custo → se puder SAC, pague menos no total.
  • Sem reserva → qualquer imprevisto quebra o orçamento. Monte reserva de 6 meses.
  • Ignorar portabilidade → revise a taxa anualmente.

Exemplos práticos (números ilustrativos)

  • Imóvel R$ 400 mil, entrada 20% (R$ 80 mil), saldo R$ 320 mil, 360 meses
  • SAC: parcela inicial mais alta, juros totais menores.
  • PRICE: parcela constante, juros totais maiores.
  • Amortização anual de R$ 10 mil (FGTS + 13º): pode reduzir anos de contrato e dezenas de milhares em juros (varia conforme taxa/prazo).

Plano de 30 dias para fechar bem

Dias 1–3: defina parcela alvo, entrada e faça pré-simulações.

Dias 4–10: colete propostas e CET; organize em planilha.

Dias 11–15: negocie seguros e taxas; simule amortizações.

Dias 16–20: vistorie imóvel/documentos com checklists.

Dias 21–30: assine com CET menor, SAC (se possível) e plano de amortização anual documentado.

FAQ rápido

Posso usar FGTS como entrada e depois para amortizar?

Sim, respeitando as regras vigentes (uso para moradia própria, limites de valor, etc.).

SAC sempre é melhor que PRICE?

Financeiramente, tende a custar menos no total. Mas precisa caber no orçamento inicial.

Vale portabilidade?

Se o CET final do novo banco for menor (incluindo tarifas/seguros) e você não perder benefícios contratuais, sim.

Conclusão

Financiamento imobiliário não precisa ser um labirinto. Com CET na mesa, SAC quando possível, amortizações planejadas e negociação de seguros/taxas, você transforma a compra do imóvel em um projeto sustentável — que cabe no bolso hoje e economiza juros amanhã.

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