Mesa com diferentes cédulas de dinheiro, documentos financeiros e um cofrinho, simbolizando investimentos seguros com garantia do FGC

A garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) é o “airbag” da renda fixa bancária no Brasil. Saber o que é coberto, os limites e como usar essa proteção no seu favor evita surpresas e permite capturar taxas melhores com responsabilidade. Abaixo, um guia direto, atualizado e sem jargões.

O que é o FGC e para que serve

O FGC é uma entidade privada que protege depositantes e investidores caso uma instituição financeira seja liquidada, pagando até os limites definidos nas regras do fundo. Ele não elimina risco, mas mitiga perdas em cenários extremos, fortalecendo a estabilidade do sistema. CNN Brasil

Limites de cobertura (como funcionam na prática)

  • R$ 250 mil por CPF/CNPJ, por instituição ou conglomerado, somando principal + juros.
  • Teto global de R$ 1 milhão a cada 4 anos (janela de 4 anos conta a partir do primeiro pagamento de garantia recebido).
  • Em contas conjuntas, o limite é dividido entre os titulares.
Dica rápida: se você tem R$ 300 mil em um único banco e ele quebrar, até R$ 250 mil ficam cobertos; o excedente não entra na garantia. Distribuir entre bancos diferentes preserva mais capital sob o teto. Inter

Quais investimentos são cobertos pelo FGC

  • Depósitos à vista (conta corrente) e poupança.
  • CDB e RDB.
  • LCI (imobiliário) e LCA (agronegócio).
  • LC (letra de câmbio de financeiras).
  • LH (letra hipotecária). InfoMoney+1

O que NÃO tem garantia do FGC (e por quê)

  • Tesouro Direto: não tem FGC porque é garantia soberana do Tesouro Nacional.
  • Debêntures, CRI e CRA: risco da empresa/estrutura, fora do escopo do FGC.
  • Fundos de investimento, ações e previdência privada: não são depósitos/ativos cobertos pelo mecanismo.
  • LIG (Letra Imobiliária Garantida): tem dupla garantia própria, mas não é coberta pelo FGC. ABECIP+3InfoMoney+3Bora Investir+3
Atenção com fintechs de crédito (SCD/SEP): aplicações feitas nessas instituições não contam com FGC. Verifique sempre quem é o emissor e se ele é instituição financeira associada ao FGC. Banco Central do Brasil

Como usar a garantia a seu favor (sem perder retorno)

1) Diversifique por instituições

Reparta valores entre bancos diferentes para multiplicar a porção coberta. Lembre-se de considerar o conglomerado ao somar limites. Inter

2) Combine prazos e liquidez

Mantenha reserva em pós-fixados com liquidez diária (CDB/LCI/LCA elegíveis) e use prazos mais longos para buscar taxas maiores — sempre respeitando objetivos e o teto do FGC. InfoMoney

3) Verifique a cobertura antes de aplicar

Cheque no material do produto e nos canais oficiais se o título é coberto e quem é o emissor. Em caso de liquidação, o pagamento da garantia é coordenado após o decreto do Banco Central. FGC+1

Exemplos simples (didáticos)

  • R$ 600 mil em CDBs
  • Em vez de aplicar tudo em 1 banco, divida em 3 bancos (R$ 200 mil cada). Assim, 100% fica sob cobertura ordinária. Inter
  • Conta conjunta com R$ 300 mil na poupança
  • A cobertura de R$ 250 mil é rateada entre os titulares (ex.: dois titulares → até R$ 125 mil para cada). XP Investimentos
  • Quer investir acima dos tetos
  • Para valores elevados, avalie emissores de alta qualidade e diversifique também com ativos fora do FGC (ex.: Tesouro Direto para risco soberano). InfoMoney

Checklist rápido antes de investir

  1. O emissor é banco/financeira associado ao FGC?
  2. O produto está na lista coberta (CDB, LCI, LCA, LC, LH, RDB, depósitos/poupança)? InfoMoney
  3. O valor por instituição fica ≤ R$ 250 mil (somando principal + juros)? Inter
  4. Minha exposição total respeita o R$ 1 milhão/4 anos? Caixa Econômica Federal
  5. Estou confortável com prazo e liquidez do título? (Para emergências, prefira liquidez diária). InfoMoney
Nota: existe a modalidade DPGE (Depósito a Prazo com Garantia Especial), com regras próprias e teto superior ao ordinário, utilizada por bancos para captação específica. É um caso à parte — leia as condições com atenção. iDinheiro+1

Conclusão

O FGC é um pilar de segurança para quem investe em produtos bancários. Usado com inteligência — dividindo por instituições, respeitando limites e casando prazo x objetivo — ele permite buscar taxas competitivas sem comprometer a proteção do seu patrimônio.

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