“Qual rende mais: Tesouro Prefixado ou Tesouro IPCA+?” A resposta honesta é: depende do cenário e do seu prazo. Este guia premium, direto e prático mostra quando cada um brilha, como comparar retornos reais e como montar uma estratégia simples que protege seu poder de compra e captura oportunidades.

O que você está comprando em cada título

Tesouro Prefixado

  • O que entrega: uma taxa fixa nominal até o vencimento.
  • Quando faz sentido: quando você acredita que a inflação e a Selic vão cair mais do que o mercado já espera.
  • Risco principal: sensível à marcação a mercado (oscila mais se vender antes do vencimento).

Tesouro IPCA+ (híbrido)

  • O que entrega: inflação (IPCA) do período + juros reais travados na compra.
  • Quando faz sentido: para preservar poder de compra em metas de médio e longo prazo.
  • Risco principal: também oscila no curto prazo; quanto maior o prazo, maior a volatilidade até o vencimento.
Regra de bolso: prazos longos e proteção do poder de compra → IPCA+. Aposta tática em juros caindo com meta bem datada → Prefixado.

Quem “rende mais”? Compare do jeito certo

1) Retorno nominal x retorno real

  • Prefixado: te dá uma taxa nominal (ex.: 11% a.a.).
  • IPCA+: te dá um juros real (ex.: IPCA + 6% a.a.).
  • Para comparar, projete uma inflação plausível. Ex.: se o IPCA médio for 4,5% a.a., IPCA+ 6% ≈ 10,5% a.a. nominal.

2) Breakeven de inflação

  • O breakeven é a inflação implícita que iguala os dois.
  • Se Prefixado = 11% e IPCA+ = IPCA + 6%, então o ponto de equilíbrio é 11% – 6% = 5% de IPCA.
  • IPCA acima de 5%: IPCA+ tende a ganhar.
  • IPCA abaixo de 5%: Prefixado tende a ganhar.

3) Prazo e marcação a mercado

  • Ambos os títulos flutuam antes do vencimento.
  • Cuide de casar o vencimento com a data da meta: isso reduz o risco de vender no pior dia.

Onde investir: roteiros por objetivo

1) Reserva e metas incertas (0–2 anos)

  • Evite Prefixado e IPCA+ longos. Prefira pós-fixados (Tesouro Selic/CDB liquidez) para não sofrer com marcação a mercado.

2) Metas datadas (2–5 anos)

  • Se quer travar um valor para uma data (ex.: entrada do imóvel), use Prefixado com vencimento próximo à meta.
  • Se o risco de inflação surpreender te preocupa, combine 70% Prefixado + 30% IPCA+ curto.

3) Aposentadoria e objetivos longos (5–15+ anos)

  • Faça do IPCA+ o núcleo (protege poder de compra).
  • Adicione Prefixado em momentos de taxas elevadas, para capturar prêmio de juros se houver queda adiante.

Estratégias práticas que funcionam

  • Barbell da Renda Fixa: núcleo em IPCA+ longo + parcela tática em Prefixado (rebalanceie a cada 6–12 meses).
  • Escada de vencimentos (ladder): compre títulos com vencimentos diferentes; todo ano um pedaço vence e reduz risco de timing.
  • Aportes automáticos (DCA): dilua o preço com compras mensais; você evita adivinhar “o fundo da taxa”.

Erros comuns (e como evitar)

  • Usar IPCA+ ou Prefixado para emergência → risco de queda no resgate antecipado.
  • Ignorar o breakeven → comparar errado real vs nominal.
  • Vencer depois da meta → pode ser forçado a vender no pior momento.
  • Trocar tudo por manchete → mantenha política de alocação e rebalanceamento.

Exemplos ilustrativos

  1. Meta em 3 anos (R$ 60 mil)
  • 70% Prefixado com vencimento entre 36–42 meses + 30% IPCA+ curto. Revisão semestral.
  1. Aposentadoria em 20 anos
  • 60–80% IPCA+ longos + 20–40% Prefixado quando as taxas abrirem. Aporte mensal e rebalanceamento anual.
  1. Proteção de poder de compra com flexibilidade
  • 100% IPCA+ com vencimentos casados às metas; use a escada de vencimentos para liquidez programada.

Checklist de decisão (5 passos)

  • Objetivo e data do resgate definidos
  • Cálculo rápido do breakeven (Prefixado – juros reais do IPCA+)
  • Indexação adequada: real (IPCA+) x nominal (Prefixado)
  • Prazo casado com o vencimento
  • Disciplina: aportes automáticos + rebalanceamento

Conclusão

Não existe “melhor absoluto” entre Tesouro Prefixado e IPCA+. Existe o melhor para o seu objetivo, prazo e cenário de inflação. Para metas longas e preservação do poder de compra, IPCA+ é a espinha dorsal. Para metas datadas e cenários de juros cadentes, Prefixado pode entregar excelente resultado. Combine os dois com método, e deixe o tempo fazer o trabalho pesado.

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