Se você quer começar a investir com segurança, liquidez e rendimento diário, o Tesouro Selic é o ponto de partida. Ele costuma render acima da poupança, acompanha a taxa básica de juros e serve tanto para reserva de emergência quanto para objetivos de curto e médio prazo. Neste guia, você aprende como funciona, como começar e como não cometer erros comuns.
O que é o Tesouro Selic (em 1 minuto)
Título público federal que rende próximo à Selic (a taxa de juros da economia).
- Baixo risco: garantido pelo Governo Federal.
- Liquidez diária: você pode vender nos dias úteis.
- Rendimento previsível: acompanha a taxa básica, sem oscilações grandes no curto prazo (diferente de prefixados/ IPCA+).
Por que ele bate a poupança
- A poupança tem regra própria que geralmente rende menos que a Selic.
- No Tesouro Selic, o rendimento segue a taxa e capitaliza diariamente, o que tende a entregar retorno líquido superior no tempo (após taxas e impostos).
Quando usar o Tesouro Selic
- Reserva de emergência (3 a 12 meses de gastos).
- Caixa para previsíveis (IPVA, seguro, matrícula).
- Objetivos de curto/médio prazo e perfil conservador.
Dica premium: para prazos muito longos, combine com ETFs de ações e/ou títulos IPCA+ — o Selic é a base líquida e segura.
Como investir (passo a passo em 10 minutos)
- Abra conta em corretora/banco que ofereça Tesouro Direto (taxas baixas).
- Transfira via PIX o valor que pretende aplicar.
- No app, busque “Tesouro Selic” (ex.: 2027/2029/2035 – varie a data conforme oferta).
- Compre informando o valor em reais (dá para começar com pouco).
- Ative aportes automáticos D+1 do salário: constância vence improviso.
Quanto rende? (noção prática)
- Se a Selic está alta, o Tesouro Selic rende próximo a ela (antes de taxas/IR).
- Imposto de Renda: tabela regressiva (alíquota cai com o tempo – 22,5% até 15% no longo prazo).
- Taxas: verifique taxa da corretora (muitas já cobram 0% para Tesouro) e a taxa do Tesouro (atualize no momento da compra).
- Moral: mesmo com IR e taxas, o líquido tende a superar a poupança na maioria dos cenários.
Estratégias simples (use hoje)
1) Reserva de Emergência 100% Selic
- Meta: 6 meses de despesas essenciais.
- Aporte todo mês e não mexa, exceto em urgências reais.
2) Fundo de Previsíveis
- Some anuais (IPVA, seguro, matrícula), divida por 12 e aporte mensalmente no Selic.
- Pague os boletos à vista — nada de parcelar por falta de caixa.
3) Caixa do Autônomo
- Defina salário-base e guarde a variação mensal no Selic.
- Nos meses fracos, você saca do Selic, não cria dívida.
Erros comuns (e antídotos)
- Misturar reserva com risco → Deixe a reserva só no Selic/altíssima liquidez.
- Esquecer do IR → Lembre da tabela regressiva; quanto mais tempo, menos IR.
- Vender por ansiedade → O preço oscila pouco, mas pode variar; foco no rendimento diário e na função do título.
- Pular meses → Valor menor é melhor que zero; proteja a constância.
Exemplos rápidos (R$)
- Reserva de R$ 15.000: comece com R$ 2.500/mês por 6 meses ou R$ 1.250/mês por 12 meses.
- Previsíveis de R$ 6.000/ano: aporte R$ 500/mês no Selic e pare de parcelar IPVA/seguro.
Perguntas rápidas (FAQ)
Posso perder dinheiro no Tesouro Selic?
No
resgate antecipado podem ocorrer pequenas variações, mas, mantendo por mais tempo, o rendimento segue a Selic. Para reserva, a volatilidade é mínima frente a outros títulos.
Qual vencimento escolher?
Qualquer
Tesouro Selic serve para a função de caixa; foque em liquidez e custo.
Tem valor mínimo?
Sim, mas
é baixo e dá para comprar frações (ex.: R$ 30, R$ 50…).
Checklist de 1 página
- Conta em corretora com taxa 0 para Tesouro
- Aporte automático D+1 ativado
- Meta da reserva definida (meses de gasto)
- Fundo de Previsíveis (total ÷ 12) rodando
- Não misturar reserva com investimentos de risco
Conclusão
O Tesouro Selic é a base de um bom plano financeiro: seguro, líquido e eficiente. Coloque sua reserva e os previsíveis nele, automatize aportes e deixe o tempo trabalhar. Com a base protegida, você investe melhor no que traz crescimento real.