Casal sentado junto organizando finanças em frente a um painel web com gráficos e contas digitais

Quando o assunto é dinheiro a dois, amor não paga boleto — acordo paga. O método das 3 contas dá clareza, autonomia e previsibilidade sem transformar a relação em planilha infinita. Você mantém liberdade individual, financia projetos em comum e evita brigas recorrentes com um sistema simples e sustentável.

O método das 3 contas (em 1 minuto)

  • Conta Pessoal A: gastos individuais da pessoa A.
  • Conta Pessoal B: gastos individuais da pessoa B.
  • Conta Comum: moradia, mercado, contas, metas do casal (ex.: viagem, casa).
Ideia-chave: autonomia + transparência. Cada um cuida do seu, e o que é de ambos recebe regras objetivas.

Como dividir a Conta Comum (3 modelos)

1) Proporcional à renda (o mais justo na prática)

Cada um contribui com percentual da própria renda.

Ex.: A ganha R$ 6.000, B ganha R$ 4.000. Custo comum R$ 3.000.

  • Renda total: R$ 10.000 → A 60%, B 40%.
  • A paga R$ 1.800; B paga R$ 1.200.

2) 50/50 (simples, quando as rendas são parecidas)

Divide-se ao meio. Exige conforto e acordo quando há diferença de renda.

3) Por uso/consumo (casos específicos)

Quem usa mais paga mais (ex.: plano de saúde, carro). Requer medição clara.

Regra premium: escolha um modelo principal e crie exceções por escrita (ex.: cursos, hobbies, presentes).

Arquitetura financeira do casal (5 peças)

  1. Mapa de gastos comuns (moradia, mercado, contas, seguros, transporte, metas).
  2. Percentual de contribuição (proporcional, 50/50 ou híbrido).
  3. Conta Comum com débito automático dos fixos.
  4. Contas Pessoais com liberdade para desejos individuais.
  5. Metas do casal com aporte mensal automático.

Passo a passo (60 minutos)

Passo 1 — Inventário e escolhas (15 min)

Liste todos os gastos comuns. Marquem o que é comum vs. pessoal.

Decidam o modelo de contribuição.

Passo 2 — Números e prazos (15 min)

Definam:

  • Valor mensal da Conta Comum.
  • Data de aporte (D-3 do vencimento dos boletos).
  • Titularidade (um titular + acesso do outro).

Passo 3 — Automação (15 min)

  • PIX programado de cada um para a Conta Comum.
  • Débitos automáticos dos fixos (aluguel, luz, internet, planos).

Passo 4 — Metas do casal (15 min)

Escolham 1–3 metas: viagem, entrada do imóvel, reserva conjunta.

Abram subconta “Metas do Casal” e aportem todo mês (ex.: 10–20% da soma das rendas).

Exemplo prático (R$)

  • Rendas: A = R$ 7.000 | B = R$ 5.000 → total R$ 12.000.
  • Conta Comum: R$ 4.200 (moradia 2.300, mercado 1.200, contas 500, seguros 200).
  • Divisão proporcional: A 58% (R$ 2.436) | B 42% (R$ 1.764).
  • Metas do casal: 12% da renda total → R$ 1.440/mês para “Viagem + Reserva”.

Regras anti-ruído (acordos que evitam briga)

  • Teto de compra sem consulta na Conta Comum (ex.: até R$ 300).
  • Regra dos “Dois Toques”: despesas > R$ 500 exigem OK dos dois.
  • Wishlist 72h para upgrades não urgentes (eletro, móveis).
  • Calendário de revisão: 10 min/quinzena + 30 min/mês para fechamento e ajustes.

Como lidar com diferenças de estilo

  • Gastador vs. poupador: contas pessoais preservam liberdade; metas comuns dão sentido.
  • Renda irregular: defina salário-base conservador para o autônomo e ajuste extras trimestralmente.
  • Dívidas de um dos dois: a Conta Comum não subsidia dívidas pessoais; crie um plano próprio (avalanche/bola de neve) e mantenha a contribuição proporcional.

Metas do casal (modelos prontos)

  • Reserva conjunta: 3–6 meses dos gastos comuns.
  • Projeto de vida: entrada do imóvel, intercâmbio, filho.
  • Experiências: duas viagens por ano pré-orçadas (subconta “Viagem”).

Checklist do casal (printável)

  • Lista de gastos comuns fechada
  • Modelo de divisão escolhido
  • Conta Comum aberta e automatizada
  • Metas do casal (1–3) com aporte mensal
  • Teto de compra e Regra dos Dois Toques definidos
  • Rituais: 10 min/quinzena + 30 min/mês

Erros comuns (e antídotos)

  • Misturar tudo → perdem-se responsabilidades; use 3 contas.
  • Segredo financeiro → transparência mensal mínima.
  • Metas sem data/valor → transforme em parcelas mensais automáticas.
  • Padrão 50/50 injusto → migre para proporcional quando houver desequilíbrio de renda.
  • Só falar quando dá ruim → mantenha o ritual mesmo quando tudo vai bem.

Conclusão

Dinheiro a dois não precisa ser campo minado. Com o método das 3 contas, vocês ganham clareza, autonomia e avanços visíveis em metas comuns — sem microgerenciar o cotidiano. Combina com qualquer renda, qualquer fase e, principalmente, com quem quer mais paz e mais projeto na relação.

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